58 tartarugas resgatadas do tráfico de animais em São Paulo são 'repatriadas' para o Rio Grande do Sul
09/05/2025
(Foto: Reprodução) Por ser uma espécie típica do extremo sul do Brasil, as tartarugas tigres-d’água foram soltas no Guaíba, seu habitat natural. Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul
Divulgação/Cetras-SP
Um grupo de 58 tartarugas resgatadas do tráfico de animais em São Paulo foi levado para o Rio Grande do Sul por ser uma espécie típica do extremo sul do Brasil. Os animais foram soltos no Guaíba, seu habitat natural.
A repatriação das tartarugas tigres-d’água (Trachemys dorbigni) foi feita na terça-feira (6) pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), da Secretaria de Meio Ambiente do estado de São Paulo.
As tartarugas-tigre, como são popularmente conhecidas, são a segunda espécie de réptil mais recebida no Cetras-SP, quase sempre vítimas do comércio ilegal de fauna silvestre.
Os animais foram transportados com apoio da Polícia Rodoviária Federal e recebidas pela Divisão de Fauna da Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul.
Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul
Reprodução/Cetras-SP
A maioria tinha sido entregue voluntariamente por pessoas que os tinham adquirido de forma ilegal.
Esses animais chegam ao centro porque foram comprados ainda filhotes, muitas vezes do tamanho de uma moeda. As pessoas não têm consciência de que eles crescem, exigem manejo específico e podem viver por décadas. Quando se tornam adultos, muitos acabam sendo abandonados ou entregues voluntariamente.
A operação faz parte de uma rede de colaboração entre órgãos ambientais para preservar o equilíbrio dos ecossistemas em sua região de origem.
Quando solto em parques urbanos fora do seu habitat, o tigre-d’água compete com espécies nativas e pode causar desequilíbrios ecológicos, sem falar que a soltura irregular é crime ambiental.
Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul
Reprodução/Cetras-SP
Tráfico ilegal de animais
Segundo dados do Cetras-SP, dos 8.683 animais recebidos pelo centro em 2024, 4.197 tinham sido alvo de tráfico, média de 12 por dia.
Dos reabilitados em 2024, mais de 74% já retornaram à natureza. Os demais, com sequelas permanentes, foram encaminhados a instituições de apoio.
Tartarugas-tigre repatriadas de São Paulo para o Rio Grande do Sul
Reprodução/Cetras-SP
Fundado em 1986 e localizado no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da capital, o Cetras-SP é uma das principais estruturas do país dedicadas a reabilitar e reintegrar animais silvestres vítimas de tráfico, acidentes ou maus-tratos.
Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul
Reprodução/Cetras-SP
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