Justiça condena vereador de Rio Preto por homotransfobia; pena é convertida em prestação de serviços

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Postagem feita em 2021 foi considerada ofensiva à comunidade LGBTQIA+. Vereador de Rio Preto fez post e internautas criticaram homofobia Reprodução/TV TEM A Justiça Federal de São José do Rio Preto (SP) condenou o vereador Anderson Branco (Novo) a dois anos e três meses de reclusão em regime aberto por homotransfobia. A pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa. A sentença, proferida pela juíza Carla Abrantkoski Rister, da 1ª Vara Federal da cidade, foi divulgada nesta sexta-feira (9). Cabe recurso da decisão. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp A condenação se refere a uma postagem feita por Branco em julho de 2021, nas redes sociais. A imagem trazia uma mão branca e forte segurando com força uma mão preta e disforme com as cores da bandeira LGBTQIA+. A ilustração era acompanhada da frase “Na minha família, não”. O conteúdo foi considerado ofensivo e com caráter de discriminação contra pessoas LGBTQIA+ e o movimento ao qual pertencem. Anderson Branco (Novo) é vereador de Rio Preto. Divulgação/Câmara Municipal de Rio Preto Segundo a decisão, a postagem “estigmatiza um grupo, associando-o ao mal, desumanizando-o e, em última análise, sugerindo que seja empregada a violência contra ele”. A juíza afirmou ainda que a imagem não constitui “expressão legítima dentro do debate público” e que “viola a dignidade humana” ao promover um desvalor infundado da comunidade LGBTQIA+. Branco foi condenado pelo crime previsto no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei nº 7.716/1989, a chamada Lei do Racismo, conforme a redação vigente em 2021. A norma tipifica como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, interpretação que foi estendida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, para incluir a homofobia e transfobia. A pena de reclusão foi substituída por duas penas restritivas de direito: prestação de serviços à comunidade, uma hora por dia de condenação, e prestação financeira no valor de dois salários-mínimos. Na mesma sentença, Branco foi absolvido da acusação de racismo contra a comunidade negra, embora a juíza tenha reconhecido que a imagem reforça o preconceito racial. Para a magistrada, no entanto, faltou comprovação do dolo específico, o que impossibilita a condenação por esse crime. Em nota, Anderson Branco declarou que ainda não foi formalmente intimado sobre a decisão e reforçou que, na sua visão, o Ministério Público havia pedido a própria absolvição. “Reforço o compromisso com a verdade e a justiça, e informo que, junto com meus advogados, iremos analisar o teor da sentença para debater os caminhos processuais adequados. Confio na Justiça e espero que os fatos sejam devidamente esclarecidos nas instâncias apropriadas”, afirma. Relembre o caso Câmara de Rio Preto rejeita moção de repúdio contra vereador Anderson Branco Em julho de 2021, Anderson Branco fez uma publicação nas redes sociais. O post mostrava uma imagem com uma mão branca segurando uma mão preta com as cores da bandeira LGBTQIA+, acompanhada da frase “Na minha família, não”. A publicação gerou forte repercussão e críticas de internautas, grupos LGBTQIA+ e órgãos de defesa dos direitos humanos. Após o post, a Secretaria Municipal dos Direitos e Políticas para Mulheres, Pessoa com Deficiência, Raça e Etnia repudiou a ação nas redes e, a OAB formalizou denúncia ao Ministério Público, que abriu investigação. A Câmara Municipal recebeu denúncias via ouvidoria e o caso foi encaminhado ao Conselho de Ética. No mesmo mês, o vereador se defendeu dizendo que a imagem era parte de uma campanha de defesa das crianças e que a publicação se encaixava no direito à liberdade de expressão. Ele também alegou estar sendo vítima de “perseguição ideológica”. Já em agosto de 2021, o Conselho de Ética da Câmara Municipal arquivou a denúncia contra Branco por quebra de decoro parlamentar, sem aplicar sanções. Tempo depois, em março de 2022, o Ministério Público de São José do Rio Preto apresentou denúncia formal à Justiça contra o vereador pelos crimes de homofobia e racismo. Em outubro do mesmo ano, a Justiça aceitou a denúncia e Anderson Branco passou a ser réu. O MP apontou que a imagem indicava “ataque injusto aos negros e à comunidade LGBTQIA+”. Em julho de 2023, a Justiça Federal aceitou nova denúncia, agora apresentada pelo Ministério Público Federal, com base no entendimento do STF que equipara homotransfobia ao crime de racismo. Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/05/09/justica-federal-condena-vereador-anderson-branco-por-homotransfobia-pena-e-convertida-em-prestacao-de-servicos.ghtml


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